27.8.15

feliz na bahia


Estivemos em Caraíva durante nossa viagem à Bahia - e nos apaixonamos perdidamente por lá. Enquanto não seleciono as fotos pro post, aí vai um gif feliz naquele lugar maravilhoso. <3

25.8.15

na nossa casa


Já tínhamos desistido de alugar apartamento quando esse apareceu. Um quarto, um banheiro, uma sala, cozinha integrada, dentro do orçamento e bem localizado. Ele tinha acabado de ficar disponível e éramos os primeiros da lista - que em poucas horas acumulava outros seis candidatos. Depois de meses visitando lugares horríveis, mal podíamos acreditar na nossa sorte.

No dia da visita, meu coração batia acelerado - "é esse", podia sentir. Abrimos a porta e a luminosidade inundou nossos olhos. Na nossa frente, uma grande janela dava vista pra uma montanha verde. "Vamos ligar pra imobiliária e falar que ficamos com ele", disse o Dudu, antes mesmo de conhecer os outros cômodos.

As fotos são desse domingo. Teve faxina, almoço na frente da televisão e soneca longa demais no sofá. Faz um ano e meio que estamos aqui e - cada dia mais - estamos em casa. :)















21.8.15

os cinco


O fim de semana foi cheio. Cheio de compromissos, cheio de passeios e cheio de amigos. Mas, quando peguei a câmera na segunda-feira, só tinham fotos do almoço com a minha família. Lá estavam aqueles cinco sorrindo pra mim. Meus pais, minhas irmãs e o Dudu - as pessoas que mais enchem meus cartões de memória e meu coração. <3

Fomos na Lagoa, no restaurante Deca - uma constante em nossos anos de Floripa. Lá a comida é sempre boa, o preço honesto e tem um deck com uma vista linda. Depois esticamos pra um café no Jack & Jacks. O lugar é cheio de estilo e com bebidinhas e comidinhas deliciosas. Viramos fãs!  













18.8.15

hambúrger de arroz integral

Faz algumas semanas que eu e Dudu entramos numa nova e deliciosa rotina. Depois de quase dois anos trabalhando em turnos e lugares diferentes, agora passamos grande parte dos dias em casa - e juntos! Enquanto ele escreve a dissertação de mestrado, eu me aventuro no mercado freelancer e a Matilda toma sol no sofá.

O processo de adaptação foi desafiador. Aprendemos a ter mais disciplina e planejamento, a respeitar o espaço do outro e a correr atrás do que queremos. Mas a maior mudança tem sido preparar todas as refeições em casa. Às vezes parece que ficamos mais tempo na cozinha que trabalhando... :)

Pra facilitar, tentamos fazer em grande quantidade. Um dia desses, transformamos o resto de arroz integral em hambúrguer. Não botamos muita fé, mas ficou tão gostoso que nem sobrou pro jantar.
(servimos com couve flor e batata doce assadas com cúrcuma e peito de frango orgânico grelhado)

Hambúrguer de arroz integral
(rende aproximadamente 6 porções)

- 2 xícaras de arroz integral cozido e temperado
- 3/4 xícara de aveia em flocos médios
- 4 ovos
- 2 maços de couve picada
- sal e pimenta

- misture todos os ingredientes numa bacia e leve à geladeira por 30 minutos
- com as mãos, forme hambúrgueres e coloque numa frigideira aquecida com um fio azeite pra não grudar
- deixe fritar por cerca de 3 minutos de cada lado

14.8.15

bahia

O despertador tocou às 4h da manhã. Gotas pesadas de chuva batiam na janela do quarto e o vento fazia um barulho assustador. Deitada na cama, abri os olhos e senti o medo correr pelo meu corpo. Essa não era a primeira vez que isso acontecia - tenho crises de ansiedade desde pequena -, mas com certeza era a mais forte.

Sentei na cama e tentei, em vão, organizar os pensamentos. Minhas mãos se fecharam e comecei a tremer. "Não quero ir. Não quero ir", repetia em minha cabeça. Desabafei com o Dudu: "Du, tô com medo. Não sei se quero ir...". "A gente vai sim", respondeu ele enquanto fazia carinho nas minhas costas. "Vai lá tomar banho".

Liguei o chuveiro e pensei que não precisava resolver nada agora, ainda teria tempo pra desistir da viagem. No caminho do aeroporto, listei todos os motivos pelos quais deveria ficar. Por mais que minha mente estivesse convencida, meu corpo parecia não obedecer: fiz check-in, passei pelo raio X e entrei no avião.

De repente, uma confiança colocou um sorriso em meu rosto. Era um sentimento quente e confortável, como um abraço. Me senti tão leve que poderia flutuar. "De onde vem isso?", questionei. Logo soube que se tratava da minha intuição. Lá no fundo, algo me dizia que tudo ia ficar bem - o resto era só o medo tentando me convencer do contrário.

As portas fecharam. Olhei pro lado e vi o Dudu. Atrás dele, gotas batiam na janela do avião, mas já não me assustavam. Ele sorriu pra mim e eu senti profunda gratidão por tê-lo ao meu lado. Essa viagem era pra comemorar os nossos dez anos juntos. Entre tantos medos, veio uma certeza: é com ele que quero estar.

A Bahia não foi amor à primeira vista. O mar escuro, as praias cheias de algas e a vegetação seca eram estranhos aos nossos olhos. Mas logo cedemos aos encantos de lá. Enquanto caminhávamos na areia fofa, me senti acolhida por aquele lugar diferente. Talvez pelas pessoas que desejam "bom dia" enquanto passam, talvez pela brisa morna - só sei que a Bahia é especial.

Nos próximos dias, visitamos lugares incríveis, comemos deliciosamente bem e nos apaixonamos: um pelo outro, pela natureza e pela vida. Todos os anseios e inseguranças ficaram a quilômetros dali. A alegria era fácil e a paz era enorme, dentro e fora de nós. A Bahia me lembrou como é bom viver com leveza e me deu a chance de recomeçar.

Por meses, me senti vibrar numa estranha sintonia, como se ninguém conseguisse entender o que passava comigo. Viajar teve o efeito de apertar o botão reset: já não me sentia sozinha, eu era parte do mundo. Num fim de tarde, sentada num banco de praça, olhei ao redor com o coração aberto. Amei as árvores, o menino que brincava no chão, as senhoras que fofocavam na calçada. Tudo era perfeito do jeito que estava.

Desde que me dei conta do mal que a ansiedade faz, cada crise me torna ainda mais forte. Quando decidi que não deixaria mais meus medos definirem quem sou, aprendi que não tenho - e nem devo ter - o controle de tudo. Ao entregar a sorte pro universo, deixo a energia fluir e recebo surpresas em troca. A Bahia foi a melhor delas.



















(fotos tiradas no mês de julho em Arraial d'Ajuda e Trancoso)

7.8.15

um sábado pra três

O sábado amanheceu sem planos. Nossas famílias estavam viajando e teríamos o dia só pra nós três. Ainda na cama, decidimos deixar rolar. Abrimos as janelas, tomamos café da manhã e saímos sem rumo.

Acabamos num dos lugares favoritos da Matilda: o Canto dos Araças. Lá ela corre, escala pedras, cava buracos e nada na lagoa. Emendamos o passeio com almoço, café e caminhada no bairro. À noite ficamos em casa disputando espaço no sofá.

O sábado foi simples, doce e cheio de amor - como todos os dias deveriam ser. <3